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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Velen

Velen:

Há vinte e cinco mil anos atrás, o mundo de Argus era quase como um paraíso, habitado pela raça eredar, que tinha o planeta como sua casa. Um dia, a paz dos Eredars foi perturbada. Sargeras, o Destruidor de Mundos, havia percebido as realizações dos Eredar, por isso, em vez de destruir Argus, Sargeras decidiu convocá-los para sua Legião Ardente.

Para isso, ele apareceu diante dos líderes dos Eredar. Apresentando-se como uma entidade benevolente, Sargeras se ofereceu para transformar os Eredars em uma raça ainda mais poderosa, com um propósito de unificar todas as raças do universo. Em troca, eles deveriam servir à Sargeras como seus discípulos, espalhando sua união universal em cada mundo que tocassem. Dois dos líderes dos eredars, Archimonde e Kil’jaeden, juntamente com dois terços da população eredar, aceitaram a oferta. Apenas um líder eredar percebeu o real horror que era a Legião Ardente de Sargeras: Velen.


O poderoso e velho Velen

Velen, diferentemente de Archimonde e Kil’jaeden, possuía o dom da Premonição, e teve uma grande visão onde o naaru K’ure lhe falou a verdade sobre o plano de Sargeras. A utopia que Sargeras havia prometido era uma mentira. Velen viu com total horror ele próprio comandando uma vasta legião de eredars, espalhando os dons da sua raça por incontáveis planetas pelo universo; em seguida, ele viu a verdade. Sargeras não tinha a intenção de unificação. Sua visão era apenas de morte, reduzir os planetas a rochas e cinzas. E os eredars não iriam trazer esclarecimento para os mundos com seus novos poderes; eles se tornariam os Man’ari, eredars corrompidos, uma forma sombria deles próprios, devotados a destruição dos mundos para a glória da terrível Legião Ardente.

Horrorizado, Velen orou desesperadamente por alguma orientação. K’ure apareceu para ele e tranquilizou Velen, dizendo que suas preces haviam sido escutadas, e o instruiu a reunir seus seguidores para a maior e mais alta montanha de Argus, no dia mais longo do ano. Velen e seus seguidores quase escaparam da recém-criada Legião Ardente. A partir de então, Kil’jaeden jurou caçar Velen e seus seguidores e abatê-los, mesmo que isso levasse milhares de anos.

A Legião perseguiu os exilados, ou draeneis (que significa “Os Exilados” na língua deles), por todo o universo por milhares de anos. Cada vez que Kil’jaeden se aproximava, o naaru concedia novos poderes para Velen preservar a sua raça. Depois de milênios de viagens, Velen e seu povo finalmente conseguiram escapar da Legião fugindo para um mundo que eles chamaram de Draenor.
Draenor

Velen e os draenei foram tirados de Argus por um navio-cristal que ficou conhecido pelos orcs como Oshu’gun – “Montanha de Espíritos”. Logo que se abrigaram no seu novo mundo, os draenei entraram em contato com clãs orcs, e começaram a comercializar com eles; a relação com os orcs era cordial, mas distante e comercial. Enquanto os draenei se estabeleciam e construiam a cidade de Shattrath como sua capital, Velen construiu seu próprio refúgio no Templo de Karabor, nas regiões mais a leste no Vale da Lua Negra.

Enquanto ele visitava a cidade de Telmor na Floresta Terokkar, Velen conheceu dois orcs que mais tarde iriam moldar o destino da Horda - Durotan, herdeiro do cargo-chefe do Clã Lobo de Gelo, e o futuro chefe guerreiro Orgrim Martelo da Perdição; nas discussões do jantar falaram muito sobre os patrimônios orcs e das profecias relativas à Martelo da Perdição – uma profecia sobre como um orc que iria dominar e guiar os orcs à salvação.

Ao longo dos anos após a sua fuga de Argus, Kil’jaeden continuou a sua procura por Velen e seus seguidores, mas foi frustado quando encontrou apenas vestígios de onde eles poderiam ter ido. Seus agentes haviam conseguido localizar Draenor, e comunicaram-lhe de volta sobre as condições em que os draenei viviam e sobre as raças que habitavam aquele mundo. Percebendo que tinha encontrado seu instrumento de vingança, Kil’jaeden apareceu ao antigo xamã orc Ner’zhul, e informou-lhe que os draenei estavam conspirando contra os orcs.


Velen, o sábio líder

Em pouco tempo, os draeneis se viram atacados pelos orcs, que estavam convencidos de que os draenei eram seus inimigos. Preocupado, Velen enviou um mensageiro à Ner’zhul, pedindo uma razão por trás dos ataques e solicitando um encontro na sombra de Oshu’gun. Os orcs, no entanto, mataram o mensageiro, e Ner’zhul não atendeu ao pedido de encontro. Em vez disso, ele enviou Durotan, que capturou Velen e sua comitiva.

Velen tentou explicar a verdadeira proposta da Oshu’gun para os Lobos do Gelo, mas Durotan e seu chefe xamã, Drek’Thar, ficaram furiosos com o que consideravam uma blasfêmia, como uma montanha sagrada poderia ser uma nave espacial? Apesar disso, e apesar das ordens de Ner’zhul, Durotan liberou Velen e seus companheiros, levando seus cristais ata’mal no lugar deles.

Com o passar do tempo, os ataques contra os Draenei se tornaram cada vez mais violentos. A recém-estabelecida Horda, agora dirigida pelo aprendiz de Ner’zhul, Gul’dan – que se tornou um pupilo de Kil’jaeden na arte da bruxaria – começou a atacar e destruir os assentamentos draenei para apaziguar seu novo comandante. Durotan liderou o ataque à Telmor, utilizando um dos cristais capturados para lhe permitir baixar a guarda dos draeneis. O refúgio de Velen no templo de Karabor também foi atacado e destruído por Gul’dan e seus novos bruxos, que renomearam o templo para Templo Negro e instalaram lá o quartel general do Concílio das Sombras.

Após os ataques aumentarem – incluindo o último atentado que destruiu a cidade de Shattrath – Velen e alguns de seus seguidores fugiram para a região do Pântano Zíngaro, estabelecendo ali a vila de Telredor, onde nunca foram encontrados nem por Kil’jaeden, nem pelos orcs.


Velen e seus Draeneis

Velen e o que restou dos Draeneis, permaneceram escondidos durante as décadas seguintes. Durante esse período, ocorreram grandes mudanças em Draenor: O Portal Negro para o mundo de Azeroth foi aberto, seguindo da invasão de orcs à este planeta, até serem derrotados.

Quando Ner’zhul, em uma tentativa desesperada de fugir da ira de Kil’Jaeden, tentou abrir portais para outros mundos, para que a Horda os conquistasse, a incrível energia dos portais colocou o planeta de Draenor em grande colpaso, deixando ele em pedaços. Sob a ordem de prevenir essa catástrofe que iria afligir seu mundo, uma expedição de uma outra raça, os humanos, sob o comando do arquimago Khadgar, selou o Portal Negro, isolando tanto os orcs que já estavam em Azeroth quanto aqueles que estavam lutando nos campos da Península do Fogo do Inferno.

Quase duas décadas se passaram até que algúem viajasse novamente através dos portais até Draenor – conhecida agora como Terralém. O elfo noturno e meio-demônio Illidan Tempesfúria, acompanhado por sua naga e seus aliados elfos sangrentos, procuraram refúgio de Kil’jaeden após Illidan falhar em destruir o Lich Rei que controlava o poderoso Flagelo em Azeroth. Como os elfos sangrentos, sob o comando do Príncipe Kael’thas Andassol, assumiram residência na fortaleza interdimensional naaru de Bastilha da Tormenta. Com todas essas novas raças e perigos, Velen decidiu que era hora de recolher o que restou do seu povo e encontrar um novo lugar para tomar refúgio, mais uma vez.
Azeroth

Auxiliado pelo Clarividente Nobundo, que introduziu o xamanismo nos draenei, Velen liderou uma invasão na tentativa de capturar o Exodar, uma das estruturas-satélites da Bastilha da Tormenta, a fim de fugir de Terralém. Mas os elfos sangrentos, percebendo as intenções dos draenei, sabotaram o mecanismo transdimensional do Exodar. Como os draenei planejavam viajar através de planos dimensionais, com o reator quebrado, o Exodar vagou entre diversos planos dimensionais sem qualquer controle de direção. Até que após um mês, a nave apareceu, coincidentemente, no mundo de Azeroth. O Exodar danificado voou pelos céus do norte de Kalimdor e caiu em uma pequena ilha próximo à Costa Negra.

Depois da poeira baixar e os draenei começarem a estabelecer-se nos colonatos construídos a partir dos destroços do Exodar, Velen decidiu explorar sua nova terra natal junto com seu povo, após verificar que a interação com os elementais nesse novo planeta era muito mais intenso do que em Terralém.


Velen e uma draenei observando Exodar

Logo, histórias de uma heróica Aliança de raças iluminadas chegaram até o Profeta e ao seu povo, que finalmente tiveram contato com os então elfos noturnos, que ajudou os draeneis a se reerguerem, tornando-os oficialmente membros da facção da Aliança.

Mas o perigo da Legião ainda rondava os draeneis, e estava mais perto do que eles imaginavam. Certa vez, Velen fez a seguinte profecia para A’dal:


Lua prateada, banhada em sangue,

Enganados pela noite, armados com a espada de uma Luz corrompida.

Corrompidos, então traídos por um, parado ali andando o sol.

Na hora mais sombria, vem a redenção, em uma dama cavaleira jurada de sangue.

A profecia se refere, na primeira linha à cidade de Luaprata sendo destruída pelo Flagelo. A segunda linha se refere aos elfos sangrentos que tomaram M’uru para usarem seu poder. A terceira linha fala da descoberta da traição de Kael’thas, que leva M’uru para a Nascente do Sol. Finalmente, a quarta linha, se refere à Lady Liadrin que renuncia sua ligação à Kael’thas e se alia aos Sha’tar em Terralém.

A intenção de Kael’thas na Nascente do Sol era uma terrível: invocar o poderoso Kil’jaeden para Azeroth. Mas a invocação foi frustrada por aventureiros que conseguiram banir o demônio antes que ele pudesse ser invocado totalmente.

Após sua derrota, Velen recuperou uma centelha de M’uru e usou ela para recarregar a Nascente do Sol com energias da Luz, salvando não só a Nascente como também toda a raça dos elfos sangrentos, que pararia de absorver energias de demônios e voltaria a absorver uma energia limpa. Tal ato mostrou também a compaixão de Velen, que não hesitou em ajudar uma raça que não só não era de sua Aliança, como também já havia causado grandes perdas entre os Draeneis, que agora poderiam voltar a viverem tranquilos quanto à Legião.
O Cataclisma

Mas tempos depois, Velen sentiu algo que o alarmou profundamente, algo que ele já havia sentido anos antes em Terralém: tremores vindo do interior do mundo, que lembravam muito à quando Draenor foi quase destruída pelos Portais Negros. Com medo de que pudesse acontecer o mesmo aqui em Azeroth, ele sugeriu durante uma reunião de líderes que a Aliança partisse de Azeroth, enquanto ainda podiam. Mas isso foi descartado pelas outras raças.

Logo após a Destruição levantada por Asa da Morte, Velen viajou à Darnassus para se encontrar com outros líderes da Aliança, mesmo não tendo sido convidado. Tyrande explicou que eles achavam que os draeneis haviam se declarado neutros após a derrota de Kil’jaeden. Mas Velen dispensou o fato e declarou que os draeneis iriam ajudar a Aliança, ficando em Azeroth enquanto achassem que eles fossem necessários ali.

Na reunião, Velen teve contato com o príncipe de Ventobravo, Anduin Wrynn, que atraiu bastante sua atenção. Enquanto a reunião ocorria e o Rei de Ventobravo e o Rei de Guilnéas brigavam, Velen e Anduin conversavam animadamente sobre a Luz. Não demorou muito e Anduin informou seu pai de que iria passar um tempo treinando com Velen. No treinamento, Velen logo notou que Anduin possuía um grande destino à sua frente com o poder da Luz.


Velen ajudando um Draenei

Após começar o treinamento de Anduin, Velen se isolou do mundo em sua busca pela vitória contra a Legião Ardente. Por muito tempo Velen ignorou o mundo externo e se trancou com suas visões, rejeitando ver qualquer um que não fosse o príncipe humano.

Certo dia, vários humanos refugiados após a destruição, acamparam na frente de Exodar. Foi neste mesmo dia que Anduin perguntou a Velen porque ele nunca havia avisado ninguém sobre Asa da Morte. Como resposta, Velen mostrou a ele a visão de um mundo destruído pela Legião Ardente e explicou que, independente da destruição levada por Asa da Morte, era com a Legião Ardente com quem eles deveriam realmente se preocupar.

Mais tarde Anduin tentou mostrar a Velen o que acontecia fora de Exodar. Os refugiados estavam descontentes e querendo ver o Profeta. Velen, quando voltou seu olhar para o príncipe, teve uma visão de um herói em uma armadura brilhante, liderando a Horda, a Aliança, os Dragões e os Naarus em uma batalha contra a Legião Ardente. Mas Velen, continuava absorto em suas visões.

Então, os refugiados começaram um motim, lutando contra os guardas draeneis. Anduin novamente correu até Velen e implorou para que ele interrompesse aquela matança desnecessária. Anduin perguntou a Velen o que a guerra contra a Legião significava para aqueles lutando do lado de fora e o lembrou de que cada vida é um universo a ser protegido.

Acordando de seu isolamento, Velen imaginou como poderia ter se perdido tanto a ponto de uma criança mortal precisar dar lhe conselhos. Velen saiu de Exodar e com uma possante voz repreendeu humanos e draeneis que ainda lutavam e saiu pelos campos encharcados de sangue, curando os feridos. Percebendo o quão focado estava com o futuro, ele notou que perdera a visão do presente. Com isso, ele resolveu e declarou que os draeneis iriam ajudar a curar Azeroth desse novo mal.

Mais do que nunca os draeneis se uniram à Aliança e ajudam a facção com seus problemas frequentes. Quanto a Velen, ele ainda se preocupa com o fatídico dia em que a Legião Ardente finalmente conseguirá invadir Azeroth, mas até lá ele deve continuar atento com os perigos atuais do mundo.

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